O dia passou com o pensamento de que "Este Benfica marca em qualquer lado", focado no momento do pontapé de saída, e na hora de me sentar para ver o jogo com a calma possível. Acreditei e acredito sempre que vamos ganhar. Respeito adversários justos e mantenho a humildade da verdade, mas acredito. Vi o jogo no trabalho. Queria ter-lhe dado um palco diferente e exclusivo, mas não consegui. Comecei com a janela pequena e acabei com o estômago torcido pela angústia do jogo, e dos soluços do streaming que ia ameaçando falhar.
O jogo teve um só sentido e pautou-se em classe e dedicação ao longo de todos os minutos. A noite Europeia escreveu-se épica e ficará na história de um dos melhores Benficas que vi até hoje. Um fluxo de jogo contínuo, organizado e com rasgos de magia e criatividade, que só não davam em golo por um qualquer infurtúnio no momento de finalizar. O sofrimento de ver oportunidades desperdiçados ficou mais pesado com o golo do Marselha, que caiu com o injusto peso brutal de uma bigorna.
Valeu a força mental e a entrega de uma equipa que em ambientes adversos se une mais e reage.
Se os franceses já se queixavam da mão de Vata, daqui em diante vão ter de se lembrar também dos pés do Maxi, que por duas vezes (Lisboa e Marselha) levaram a bola às suas redes. Um dos Heróis da noite, um dos grandes lutadores desta equipa.
O outro destaque tem de ir para o Kardec, que com uma fina ironia marcou ao caír do pano, um golo difícil, com um remate cruzado ao minuto 90´, que deu a vitória ao Benfica e assinalou em bela ocasião o golo 100 da época, por um jogador que num só golo justifica a sua contratação e deixa a promessa de que em momentos de decisão, pode também ele ajudar a equipa.
É grande o gosto desta Vitória. A sensação é indiscritível, mede-se em crença, calor, orgulho e alegria!
Não há tempo para festejar passagens nem acalmar. Segue-se um jogo com o Porto, numa final por uma caneca de cerveja bebida no Algarve. Sendo que o foco contínua no 32º título de campeão nacional. O objectivo principal mantém-se, mas um Benfica destes, sempre que entra em campo, entra para ganhar.
É sempre em frente rumo ao Marquês.
A caminho, tenho só de passar ali na papelaria para ir buscar o jornal, porque ontem já o tinha mandado guardar.

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