Em tom de revolta e desabafo. Fica a certeza:
Pessoas de merda há em todo o lado!
Na melhor das hipóteses é preciso pouco mais que o misturar de dois olhares para se fazerem notar. A sórdida presença carrega o ar e sente-se logo o bafo da alma podre. Ainda assim, não é surpresa depararmo-nos com algumas que se esquivam ao teste, mais astutas e experimentadas, quando decidem, em determinada fase do seu ciclo, mostrarem-nos do pior que são capazes.
A descrição é infalível.
Vestem um rasgado sorriso, fixo nos cantos da boca pelo mesmo cinísmo que lhes alimenta a reles mesquinhice e a gorda hipocrisia. Companhias sempre interessantes e interessadas, prestam-se a uma incomensurável simpatia, que vulgarmente escoa pelo ralo da mentira e do opurtunismo.Surpreendem constantemente. Surgem do escuro, das memórias enfiadas no baú da indiferença que se quis e fez esquecido, deixado ao fundo, onde a mão não chega e o coração não sente, no vão do peito que nunca teve uso. Sofrem de "atenção", pois perdem-na, desejando-a de mais e fingindo que nunca a quiseram. Vivem da infantil necessidade de afirmação, aclamando sempre lealdade a princípios vazios e incoerentens, moldados consoante todo o meio e situação envolvente. São mutantes sem cara nem coroa que se fazem acompanhar de uma personalidade dúbia, engenhosa e construída de forma artifícial, sobre a qual paira uma alma com buracos, feitos pela traça da consciência, que com o tempo ganha forma, peso e môfo.
Falam de mais para o pouco que dizem.
Erram! Por tentarem fugir do erro.
Vivem em ocas e egoístas carapaças de betão, onde estimam e resguardam a insegurança, enquanto fogem da experiência sincera, sensível e saudável de viver sem o truque na manga. São seres estúpidos. Com a infelicidade de não conseguirem ver para lá das palas, que lhes pesam e escorrem sobre os olhos que lhes toldam o raciocínio.
No desespero da vergonha de um murmúrio em segredo, fizeram um pacto com o hábito e acomodaram-se à falsidade do semblante que carregam. Acostumaram-se a situações fáceis, que vivem de desafios pequenos, enganam e enchem o olho a quem não quer olhar duas vezes. Vivem na sombra de chegar o dia em que vão mesmo ter de começar a viver.
Ou pior.
Que ele passe sem que o façam.
12.19.2008
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