3.05.2009

WATCH THE WATCHMEN!

Foi na qualidade de quase leigo na matéria que me sentei para, durante as duas horas e meia que o filme tem de duração, conhecer o mistério dos Watchmen. Vi o que pude antes e apercebi-me muito rapidamente que estava perante um marco incontornável na história dos comics. Watchmen foi uma graphic novel publicada originalmente nos EUA como mini-série de 12 números, entre Setembro de 1986 e Outubro de 1987.
Controverso o suficiente para o escritor Alan Moore se recusar a ver a adaptação em cinema, por alegar veemente que era impossível ver a sua história passada ao grande ecran, coube a Zack Snyder, (o realizador de 300 e Dawn of the dead) tentar (infrutiferamente) convencê-lo do contrário.
Fora as questões de boa ou má adaptação, as quais não me sinto capaz de discutir dada a densidade que encontro na raiz, tenho a dizer que do filme gostei bastante. O genérico pesou em muito! Transpira nostalgia, contextualiza e conta a história da primeira geração de Heróis, da sua ascenção e consequente queda à infâmia, ao som de “Times They Are A-Changing” de Bob Dylan (toda a banda sonora é genial).
O filme provoca aquele arrebatamento clássico de uma qualquer realidade (quase) paralela de quotidiano Humano, povoada por personagens fantásticas com valores e moral (mais ou menos) acentuados, que se viram proibídas de usar o seu alter-ego em nome da justiça, e que vivem na sombra do que foram enquanto distintos heróis, agora escondidos e com receio de uma ameaça real que os persegue, e a medo tentam desvendar. Tem inerte uma constante “meditação acerca do poder” e uma ambiguidade de narrativa que oscila entre o profundo Humano e o mascarado (do mortal ao quase divino).
Se for lícito eleger um personagem preferido, eu fico-me pelo Rorschach/Walter Kovacs (distintamente interpretado por Jackie Earle Haley, com ou sem uma meia na cabeça!) que projecta na luta contra o Mal o seu senso de solidariedade e define o seu sentido de justiça e moral. Rorschach é um psicopata às avessas, considerado o terror do submundo, assim como um fugitivo à justiça que vive pelas ruas que não são mais do que "uma extensão das sarjetas". Óbviamente que é impossível não referir que existe uma forte possibilidade de se sair da sala de cinema com um sério caso de amor platónico pela Malin Akerman no papel de Laurie Jupiter/Silk Spectre II.


The world will look up and shout "Save us!"...
And I'll whisper "No."

2 comentários:

Anónimo disse...

son of a gun!

deve ser brutal n é?
n contes, keria ir ver hj, mas acho que n posso...

gostei do k escreveste, sem dúvida k vou sair de lá apaixonado pela Silk Spectre II, aliás, já estou apaixonado por ela dd k vi o trailer pela 1a x...

tou crazy pa ver isso damn it!

TigerTagTeam disse...

até domingo não falha.